Saída

Tenho o prazer de apresentar aos leitores de Howler uma nova série Artist Spotlight chamada Making a Scene. Em cada edição, apresentaremos os trabalhos selecionados de um artista diferente, compartilhando percepções pessoais sobre a inspiração e o processo criativo por trás de cada um.

 

O primeiro é Carlos Hiller, cujo pinturas e esculturas foram exibidos em artigos anteriores da Howler. Esperamos que você goste de conversar com Carlos agora, dando-nos essas notáveis ​​histórias de fundo da natureza trazidas à vida em suas telas pintadas. 

Te Sigo: Ballenas Jorobadas (I Follow You: Jubarte Whales)

 

Alguns anos atrás, durante a parada de segurança em uma viagem de mergulho para a Ilha Caño, sul da Costa Rica, tive a oportunidade maravilhosa de encontrar uma baleia jubarte e seu filhote. Quando nos encontraram, tenho certeza de que ficaram surpresos ao nos ver e mudaram de rumo. Felizmente, minha câmera de vídeo capturou toda a experiência. 

 

De volta ao estúdio, assisti repetidamente à filmagem quadro a quadro e escolhi aquele momento mágico de contato entre mãe e filhote. 

 

É vital para mim que minhas pinturas sejam baseadas em minhas próprias experiências, e esta é certamente uma das mais surpreendentes.

 

Pulpo Seguro (polvo confiante)

 

Pintar na tranquilidade e conforto do ateliê é maravilhoso, mas às vezes o sol bate forte e dá vontade de ir só para a praia. Nessas horas especiais, pego meu cavalete, uma tela, as tintas e pincéis, alguns sanduíches e levo tudo para uma praia. 

 

Nesta ocasião, fui a Playa Panama. Essa pintura surgiu em uma única sessão de pintura — eu começava de manhã e à tarde já dava as últimas pinceladas. Como o sol brilhava tão radiante, resolvi brincar com cores iridescentes. Ao chegar ao ateliê, percebi o belo efeito obtido com essas pinturas — reflexos metálicos e brilhantes, como se o sol da tarde ainda estivesse preso na pintura.

 

 

 

 

Copa (Monteverde) 

Muitos anos atrás, eu estava submerso na floresta nublada. Embora me dedique principalmente a pintar cenas subaquáticas do Oceano Pacífico costarriquenho, de vez em quando gosto de voltar às minhas origens pictóricas: a selva. 

 

Naquele banho de floresta, olhei para cima e me surpreendi ao ver algo que considerei encantador: nas copas das árvores se desenhavam caminhos de céu, formados por um arranjo altamente ordenado de folhas. Maravilhado, fotografei isso e quando voltei ao estúdio, resolvi pintar aquele fenômeno tão especial. 

 

Assim surgiu meu primeiro trabalho no que mais tarde seria uma série de pinturas chamada “Canopy”. Algum tempo depois, li um artigo sobre esse curioso efeito que leva o nome de “The Crown Shyness”, onde copas de árvores totalmente abastecidas que não se tocam formam uma copa com aberturas semelhantes a canais. A pesquisa sugere que é um comportamento adaptativo que pode inibir a propagação de larvas de insetos comedores de folhas. 

Agora, prestando muita atenção, encontro com frequência esse fenômeno: no Parque Nacional de Monteverde, Arenal e Rincón de la Vieja.

 

 

Equs et Larvae: Cabalalito de Mar (Equs et Larvae: Cavalo-marinho)

Playa Ocotal é um dos meus pontos de mergulho favoritos. Em zonas onde os corais estão a renascer, de vez em quando encontro alguns cavalos-marinhos. A vida dessas criaturas fascinantes está intimamente ligada à existência de recifes de corais, cujas populações estão em declínio em todo o mundo. 

 

Infelizmente, o cavalo-marinho é uma espécie cuja extração para aquários é comum. Junto com tubarões e outros peixes de recife, eles têm o status incerto de “recursos marinhos”, tornando-os suscetíveis à exploração comercial. 

 

Esta pintura busca refletir sobre a fragilidade do nosso planeta e a necessidade de proteger seus diversos ecossistemas.

Para mais informações sobre Carlos Hiller, visite nosso website em

www.HiddenGardenArt.comou entre em contato conosco info@HiddenGardenArt.com

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