Saída

Depois de mais de duas décadas dando vida aos oceanos e suas criaturas em telas pintadas, o artista Carlos Hiller mergulhou em um novo projeto sem se afastar de seu ambiente marinho. Talvez influenciado por tantas horas em navios viajando de e para locais de mergulho, o fascínio de Hiller pelas paisagens marítimas se aprofundou em níveis multidimensionais. A bordo de embarcações cuja essência é constantemente transformada pelos elementos da água do mar e do clima, ele ficou fascinado pelas cores e texturas da oxidação. Das correntes que ligam os barcos e suas âncoras aos ganchos retirados do mar, o metal sempre esteve presente.

“O metal tem uma relação conflituosa com o mar”, conta Carlos. “Nós nos relacionamos com ela de uma perspectiva humana, mas ela adquire sua própria beleza ao contar histórias de inúmeras ondas. O metal não teme o óxido.”

Com um desejo antigo de criar esculturas, Hiller explorou muitos materiais diferentes. Rapidamente ficou claro que madeira não falava com ele. Ele explica: “Quando vejo um tronco de árvore, sempre me parece perfeito. A escultura já foi feita pelo mesmo ser vivo que é, ou foi, e então, do meu ponto de vista, não precisa de mais nada.”

Pensando que a pedra poderia ser o meio perfeito para seus empreendimentos, Carlos contemplou seu potencial realizando estudos sobre petróglifos pré-colombianos. Mas foi apenas por uma oportunidade casual de começar a tocar com metais que ele se sentiu completamente à vontade como escultor. Esta descoberta surgiu a partir de uma reunião familiar e discussões com o parente Jonathan Luque, especialista em soldagem industrial. Com Luque, a base para o sonho de Hiller levou meses de preparação.

'O metal tem uma relação conflituosa com o mar.'

“Quando comecei a moldar e criar minhas esculturas, definitivamente exigia uma negociação com o metal”, lembra ele. “Muito barulhento com torções, cortes, soldas, mais cortes, mais golpes, até encontrar a forma e sermos copacéticos. Então o metal entende e começa a trilhar o caminho que tomamos juntos.”

Com o escultor e o metal fazendo concessões, a visão de Hiller brilha. Quando a peça está terminada, ele então decide se a peça pede um acabamento protetor ou ele propositalmente escolhe deixar o óxido agir, para que ele eventualmente mostre a passagem do tempo.

Trabalhando com temas marinhos, incluindo criaturas oceânicas e a textura da água do mar, as esculturas de Hiller não necessariamente atingem a perfeição vista em suas pinturas de estúdio. Em vez disso, eles contam histórias épicas... aquelas que os mergulhadores veem todos os dias: uma arraia gigante pulando sobre uma rocha, uma baleia subindo e segurando amorosamente sua respiração recém-nascida pela primeira vez ou peixes pulando e deslizando na beira da água.

Forjando ferro preto e aço inoxidável, Carlos Hiller busca resultados muito particulares com suas esculturas. Usando materiais novos e reciclados com pátinas de ouro, prata e cobre, a peça finalmente se concretiza.

“Algo que me surpreendeu é a proximidade dessas esculturas com a música”, observa Carlos. “A grande maioria das obras são – sem procurar – praticamente instrumentos musicais, a ponto de incluí-los para percussão em minhas apresentações de pintura ao vivo.”

Outra descoberta feliz que Hiller encontrou é a conexão que suas peças têm com a força da gravidade, buscando o equilíbrio através dos princípios do core, yoga e Pilates. Ele explica: “Quando as esculturas se destacam por si mesmas, elas se sentem como o filho que finalmente consegue ficar sozinho … quase pronto para explorar o mundo, ou neste caso, os oceanos”.

As novas criações de Carlos Hiller podem ser vistas ao lado de suas pinturas tradicionais e contemporâneas na Hidden Garden Art Gallery.

 

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