Saída

Para o escultor costarriquenho Heiner Guido, a madeira é muito mais do que a matéria-prima que utiliza para criar obras de arte cativantes. É um meio de comunicação – algo sólido e imóvel que fala com ele antes de ser trazido à vida por meio de sua imaginação.

Como o texto do cabeçalho no Guido's site do Network Development Group transmite, “A própria madeira tem uma linguagem própria, a sua cor, a sua textura, os anos perdidos no silêncio a desintegrar-se na floresta, combinados com as mãos do escultor e a fé.”

Em uma página da web separada, Heiner discorre sobre o papel que a fé – misturada com talento e técnica – desempenha em seu processo artístico. 

“Então, para poder criar de forma livre e determinada, além de acumular conhecimento técnico, anatomia, composição, desenho, estou fortalecendo minha fé. Com fé podemos ver as coisas que ainda não aconteceram, e trabalhar sem ver nada, mas com a certeza do que vai acontecer.” 

Da mesma forma, a crença é o “combustível da criação” que permite a Guido abraçar todos os desafios artísticos. 

“Você não pode criar nada se primeiro não acreditar que pode ser feito”, diz ele. “Muitos de nós queremos algo que temos certeza de que não teremos. Mas como vai entrar na sua vida algo que você tem certeza que não vai ter?”

Guido lembra de um ponto crucial em sua carreira quando refletiu sobre os primeiros anos como o primeiro passo. A porta ao lado, antecipou, provaria se era “um sonhador” ou se tinha capacidade para testar ao máximo a sua técnica e composição. 

“Reproduzir a realidade é uma coisa, mas procuro desenhar a realidade do ponto de vista emocional, fazer as coisas não como as vejo, mas como as sinto.”

A cada nova peça de madeira que Heiner encontra na natureza, ele imagina uma maneira de expressar sua personalidade única na obra de arte resultante. Descreve-se como “um escultor que comunica as sensações das formas e sentimentos através da madeira em processo de desintegração — ou seja, raízes, troncos ocos, galhos, atacados pelo tempo, chuva e insetos da natureza, conferindo a cada peça um caráter único.” 

Depois de estudar artes plásticas no Instituto Nacional de Aprendizaje (INA) da Costa Rica, Guido iniciou sua carreira em 2008 como escultor independente. No mesmo ano, inscreve peças em sua primeira exposição coletiva na San José National Gallery, e teve trabalhos aceitos por algumas galerias de arte. Passou a ter cada vez mais destaque, nacional e internacionalmente, como participante em diversas exposições e feiras de arte. Em 2020, foi selecionado pelo museu Albaro Noboa em Guayaquil Equador para representar a Costa Rica na bienal de escultura El amor.

As esculturas de Heiner Guido podem ser vistas em seu site do Network Development Group ou redes sociais da seguinte forma:

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