Saída

Relâmpagos e trovões são elementos consistentes de qualquer ambiente tropical. Situada entre 8 e 12 graus ao norte do equador, a Costa Rica é o palco principal para shows de luzes da natureza e exibições sônicas. Na verdade, o país agora ocupa uma posição de destaque entre aqueles com a maior quantidade de raios do planeta, uma categoria dominada por localidades na Venezuela e no Congo. Na Costa Rica, a província de Guanacaste é considerada a capital do raio.

Agora que a estação chuvosa de Guanacaste está bem encaminhada, é hora de algumas curiosidades com relâmpagos e trovões. A título de introdução, o raio ocorre como um equalizador eletrônico entre vastas piscinas de áreas carregadas positivamente e negativamente dentro de uma tempestade, basicamente despolarizando este campo de batalha iônico. 

Apenas cerca de 20% dos raios na Costa Rica tocam o solo.

  • Relâmpagos e trovões ocorrem ao mesmo tempo. Mas vemos o relâmpago primeiro porque a luz viaja muito mais rápido que o som.
  • Nas condições certas, o trovão pode ser ouvido a uma distância de até 16 quilômetros. O som profundo e estrondoso é causado pela rápida expansão do ar ao redor do caminho de um raio. O trovão rolante ocorre quando o raio se fragmenta em galhos (gavinhas) e quando, ocasionalmente, o raio principal retorna à sua nuvem de origem após fazer contato com o solo. 
  • Oitenta por cento de todos os raios ocorrem dentro de formações de nuvens e não tocam o solo. Esse é o caso mais frequente com as cargas de raios durante o dia, que não podem ser detectadas pelo olho humano.
  • Instituto Costarriquenho de Eletricidade (ICE) estabeleceu a Rede de Detecção de Descargas Atmosféricas em 2006. Desde então, o dia com maior carga elétrica registrado foi 27 de abril de 2012, quando mais de 20,000 ocorrências separadas foram detectadas na Costa Rica. Mais de 6,00 deles foram registrados em Guanacaste.
  • No ponto de contato, um raio tem uma circunferência ligeiramente maior do que a de um lápis. O núcleo de ar dentro de uma veia de relâmpago foi estimado em 30,000 graus Celsius (54,000 graus Fahrenheit) - cerca de seis vezes mais quente do que a superfície do sol.
  • Os meses de maio, agosto e setembro respondem por mais da metade das tempestades na Costa Rica.
  • As principais formas de descargas atmosféricas são nuvem-nuvem, nuvem-ar e nuvem-solo. Apenas cerca de 20% dos raios na Costa Rica tocam o solo.
  • Ao procurar abrigo durante uma tempestade elétrica, NÃO vá para debaixo de uma árvore ou na porta. Esses dois locais são os destinos favoritos para os raios pousarem. Se possível, entre no carro porque as rodas de borracha tornam o veículo aterrado e neutro e, portanto, não vulnerável a raios.
  • Os surfistas no oceano são alvos abertos para um raio. Ao contrário do folclore popular, o relâmpago atinge o oceano, irradiando-se horizontalmente pela superfície. A melhor precaução é sair da água, ficar o mais baixo possível na praia e buscar proteção superior o mais rápido possível. 

Os microclimas em Guanacaste produzem eventos incríveis na paleta da natureza, tanto visual quanto auditivamente. É possível estar sob a luz direta do sol em Tamarindo e ao mesmo tempo estar na platéia de relâmpagos e trovões, ao mesmo tempo em que ouve o aguaceiro em Villarreal, a escassos cinco quilômetros de distância. 

Tempestades sobre o Oceano Pacífico ao pôr do sol são algumas das mais impressionantes e memoráveis ​​que se pode ver em qualquer lugar do planeta. Isso serve para nos lembrar que existe algo muito maior do que a raça humana neste planeta. Ela faz o que ela quer.

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