Saída

CINDE: Acompanhando a Indústria 4.0 na Costa Rica. Você se lembra da primeira palavra que pronunciava quando era pequeno? Quais foram as últimas letras de músicas que você repetiu várias vezes? Você se lembra da última informação que chamou sua atenção?

Estamos vivendo em uma época de dados 24 horas por dia, 7 dias por semana. Não é à toa que se chama a era da economia do conhecimento!

Esse termo foi cunhado na década de 1960, refletindo uma mudança das economias tradicionais para uma focada na produtividade e no conhecimento aplicado. Tem sido uma evolução dinâmica apresentando diferentes tipos de desafios para quase todos. Manter o emprego sem garantia de segurança no emprego tem sido um tema-chave.

Um estudo do McKinsey’s Global Institute concluiu que, até 2030, 375 milhões de trabalhadores – 14% da força de trabalho mundial – terão que mudar de emprego devido ao impacto disruptivo da digitalização, automação e inteligência artificial (IA).

As transformações tecnológicas ocorridas no século 20 e as que vivemos atualmente quase desafiam a comparação. Caracterizada pela forte dependência de automação e sistemas ciberfísicos interconectados, a chamada quarta revolução industrial, ou indústria 4.0, está bem encaminhada. A velocidade da mudança hoje é muito mais rápida e exige que reajamos no mesmo ritmo.

Então, como a Costa Rica está navegando nessa jornada?

Pegando a onda

Embora possa parecer um cenário sombrio, a Costa Rica tem várias oportunidades para aproveitar a onda e avançar com seu corpo de talentos humanos treinados, mas principalmente adaptáveis, disse Vanessa Gibson, chefe de clima de investimento da organização sem fins lucrativos Agência de Promoção de Investimentos da Costa Rica (CIND).

“A requalificação encontrou um lugar cada vez mais essencial na sociedade”, afirmou Gibson. “Uma coisa sobre a indústria 4.0 está implícita. Quanto mais nos treinamos para aprender constantemente – especificamente nas áreas de demandas do mercado de trabalho – mais portas de emprego abrimos.”

Graças ao sucesso do CINDE nas últimas quatro décadas na atração de investimentos estrangeiros diretos para a Costa Rica, mais de 300 empresas multinacionais têm operações aqui, representando 12% da força de trabalho privada do país. Essas empresas estão em constante crescimento e avanço, exigindo talentos humanos mais capacitados, digitalizados e multilíngues.

Esse desafio interminável para empresas em todos os lugares foi recentemente afirmado na Pesquisa de Habilidades de Mudança de 2018 realizada pela Gartner Inc., uma empresa internacional de consultoria e pesquisa em tecnologia da informação.

“Para competir no mundo cada vez mais digital, as empresas devem garantir que sua força de trabalho tenha as habilidades necessárias para hoje e amanhã”, disse Sari J. Wilde, líder de pesquisa do Gartner, no relatório da pesquisa.

Mais de 7,000 funcionários participantes do estudo foram solicitados a autoavaliar seus níveis de habilidade em áreas de alta demanda. Enquanto 70% dos entrevistados disseram que não dominavam as habilidades necessárias para seus empregos atuais, 80% admitiram estar mal equipados com as habilidades necessárias em seu trabalho atual e carreira futura.

Não precisa ser complicado ou caro

Gibson esclareceu que a reaprendizagem não deve ser considerada um processo complicado ou caro. “Existem cursos oferecidos por universidades renomadas onde você pode se reciclar com baixo custo, quando e onde quiser.”

As opções incluem Massive Open Online Courses (MOOCs), observou ela. Plataformas como Coursera, Udemy e EDX oferecem cursos gratuitos e outros programas especializados a baixo custo, às vezes em espanhol.

Para apoiar as metas de requalificação do país em relação às suas iniciativas de investimento estrangeiro direto, o CINDE criou o The Talent Place em www.thetalentplace.cr, onde as carreiras na Costa Rica são classificadas por maior demanda. Além disso, milhares de oportunidades de emprego com foco na forte demanda do mercado de trabalho são promovidas durante a Feira de Empregos CINDE anual. 

A ênfase da Costa Rica na educação como prioridade de alocação de financiamento público, representando mais de 7% de seu PIB, permite o desenvolvimento onde é mais importante para a economia do conhecimento. Não é à toa que a Costa Rica foi o país latino-americano com maior pontuação no ranking de capital humano do Fórum Econômico Mundial, o que é um bom augúrio para o futuro.

“O treinamento é um processo contínuo”, concluiu Gibson. “Temos que abraçá-lo e aproveitar o que esta nova grande era nos reserva.”

 

Leia mais sobre o CINDE SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA.