Saída

Ioga no tratamento do câncer de mama

Praticantes regulares de yoga atestam seu impacto positivo em nosso bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. A ioga pode ser fortalecedora à medida que nos esforçamos pelo equilíbrio e pela consciência interior. Passar de uma pose para outra, lenta e deliberadamente, nos encoraja a manter as sensações e perceber o que está acontecendo em nosso corpo, com curiosidade em vez de medo. Esse senso de presença e autoconsciência compassiva é como identificamos questões não resolvidas em nosso corpo físico.

 

Mas e se esses problemas já se manifestaram em nosso corpo como uma doença como o câncer? A prática regular de yoga pode afetar a recuperação de uma pessoa? 

 

Há razões convincentes para responder que sim. Yoga tem muito a oferecer durante a recuperação de doenças, incluindo câncer de mama. Várias poses de ioga – particularmente curvas para frente, curvas para trás e torções – podem ajudar a pacificar e ativar as glândulas supra-renais, que são esgotadas pelo estresse e ansiedade normalmente associados ao tratamento e recuperação do câncer. 

 

A prática diária de yoga também tem se mostrado benéfica na superação da fadiga, insônia, ansiedade e depressão. Pode elevar nossos espíritos e nos ajudar a recuperar energias valiosas. Igualmente importante, é um momento para meditar e acalmar o barulho da nossa mente, para que possamos fazer escolhas ponderadas e cuidadosas.

 

Quando uma mulher se submete à quimioterapia, o impacto em seu corpo é dramático. Além da queda de cabelo, as unhas podem ficar mais escuras e frágeis e a aparência da pele pode mudar. A ioga pode ajudar uma mulher a se ajustar a essas mudanças em seu corpo. Isso pode ajudá-la a desenvolver a força emocional para se sentir mais confortável abraçando a sua aparência, a maneira como ela se move e como ela está se sentindo. 

 

Uma das maneiras pelas quais o yoga promove isso é através da prática de “santosha”, que se traduz como contentamento – aceitar o momento presente como ele vem. Não significa desistir, mas é uma forma ativa de entrega ao aqui e agora. Em vez de julgar uma experiência de vida como boa ou ruim, podemos adotar um ponto de vista neutro, desvinculado do resultado. Muitos atribuem sua sabedoria adquirida ao lidar com as dificuldades da vida a essa prática de desapego ou contentamento.

 

A ciência apoia a ioga como terapia complementar para a recuperação do câncer de mama. Um estudo de 2014 da Ohio State University, relatado no Journal of Clinical Oncology, descobriram que o yoga melhorou significativamente os sintomas de fadiga, baixa vitalidade e inflamação.

 

As mulheres do grupo de teste participaram de aulas de hatha yoga de 90 minutos, duas vezes por semana durante 12 semanas. Eles foram selecionados aleatoriamente entre 200 participantes da pesquisa em diferentes estágios do câncer de mama, todos com tratamento completo nos últimos três anos e terapia de acompanhamento pelo menos dois meses antes. Comparações com o grupo de controle mostraram que as mulheres que frequentavam as aulas de ioga tiveram taxas de vitalidade significativamente mais altas no início do estudo e no final. Os sintomas de fadiga e inflamação foram significativamente reduzidos no grupo de ioga após três meses.

 

Os pesquisadores concluíram: “A inflamação crônica pode alimentar declínios na função física, levando à fragilidade e incapacidade. Se a ioga amortecer ou limitar tanto a fadiga quanto a inflamação, a prática regular pode trazer benefícios substanciais à saúde”.

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